Não gosto das flores de plástico.
São como paisagens vazias, ocas, sem vida e movimento.
Nunca tiveram, um dia, o prazer de serem sementes, regadas e cultivadas.
Já foram criadas prontas para enfeitar, ornamentar prateleiras e serem depósitos de poeiras.
São solitárias, secas, inóspitas.
Não morrem, mas também não vivem.
Gosto mesmo é das naturais.
São cheias de significados.
São frágeis, vivas, românticas.
Exalam o perfume dos apaixonados.
Quem as tocam percebem sua motilidade.
Raramente se encontram sozinhas e transmitem a beleza e o poder da criação.
Waleska Bezerra.
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