segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Flores


Não gosto das flores de plástico.

São como paisagens vazias, ocas, sem vida e movimento.

Nunca tiveram, um dia, o prazer de serem sementes, regadas e cultivadas.

Já foram criadas prontas para enfeitar, ornamentar prateleiras e serem depósitos de poeiras.

São solitárias, secas, inóspitas.

Não morrem, mas também não vivem.

Gosto mesmo é das naturais.

São cheias de significados.

São frágeis, vivas, românticas.

Exalam o perfume dos apaixonados.

Quem as tocam percebem sua motilidade.

Raramente se encontram sozinhas e transmitem a beleza e o poder da criação.


Waleska Bezerra.

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