Falar de fraternidade é falar de
comunhão, de unidade de pensamentos e valores. Repito, unidade, e não igualdade
de pensamentos e valores. Não basta estar junto, é preciso conhecer o outro, no
íntimo, com seus pecados, fraquezas e também com suas virtudes e qualidades. Quem
ama, é capaz de tocar as feridas do outro, potencializando-o para o amor
sincero e desinteressado.
Nesse sentido, tomamos por base de
que a experiência com o amor de Deus nos impele a tomarmos a iniciativa e de
que vivemos em um eterno êxodo, onde o “sair de si”, o ir ao encontro do outro,
deve nos mover constantemente como fonte de alegria e ressurreição. Mas, é
preciso enfatizar também que naturalmente não conseguimos tal efeito. Por causa
de nossas inclinações, somos submetidos a bloqueios, antipatias, tendências para
olhar o negativo e o que ainda falta para a obra ser completada. Desse modo,
devemos pedir constantemente a graça e a abertura ao Espírito Santo que é a nossa
“força do alto”, para entrarmos na esfera dos planos de Deus.
Somos convidados dia a dia a subirmos
ao monte do nosso coração onde habita o Amor por excelência, e, a partir dessa
experiência transformadora nos lançarmos para o encontro do coração do outro,
tendo sempre a consciência de que entre o “ser real” e o “ser ideal” existe um
longo caminho a ser trilhado. Mas, temos a certeza de que o que é impossível a
nós, se torna possível pela graça de Deus que nos envolve e nos dá ânimo para
superarmos as barreiras e limitações.
Viktor Frankl, fundador da Logoterapia vem nos dizer que “ a
auto-realização só é possível como um efeito colateral da auto-transcendência.”
Por isso, a experiência da fraternidade é a forma mais humana de se chegar a
Deus, pela vivência da doação mútua e da comunhão fraterna.
Que Deus nos dê força e coragem!!
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