Mãe

Mãe, me ensina a amar!

Me ensina a dar!

Ensina a consumir-me!

A perder!

Por amor...!

Toque de Deus

Toque agudo, atraente, acolhedor
Toque caloroso, cuidadoso, constrangedor
Toque educado, eficaz, elementar
Toque incisivo, irresistível, instigador
Toque leve, livre, libertador
Toque perfeito, poético, perscrutador
Toque saudoso, sentido, salutar
Toque terno, transcendente, transformador


“ É impossível conhecer a Deus e não amá-lo. É impossível amá-lo e não seguí-lo.”

Waleska Bezerra

Tu me conheces bem

"Sabes do meu coração
Meus segredos, meu amar
E vês a minha luta pra viver melhor
Conheces a intenção
Que me faz recomeçar
E não desistir de acreditar

Compreendes meu olhar
O que falta por andar
E sentes todo esforço que existe em mim
Sabes, não é fácil não
Às vezes perco a sua mão
Na escuridão do meu pensar pequeno

Tu me conheces bem
Contigo vou além
Tu és a esperança que me faz voar
Tu me conheces bem
Sabes quem devo ser
Eu sei, mesmo pequena
Tu me esperas

Aprecias meu cantar
Mais ainda o meu calar
E sabes da angústia que carrego em mim
Tocas em meu passo lento
Tua voz é meu alento
E diz o que eu preciso pra não desistir".

Música de Ziza Fernades

O tempo

O que eu faço com o meu tempo?
É o tempo que me espera ou sou eu que espero pelo tempo?
Utilizo-o para o bem ou disperdiço-o à toa?
Por que o meu tempo é diferente do seu?
Quem inventou o tempo?
Deus? Que é atemporal?
Mil anos para Ele não é como um dia?
Por que quero tudo “a tempo e a hora”?
E para que preciso de relógios e calendários se tenho todo o tempo do mundo?
Há um tempo certo para cada coisa?
E se eu errar em minhas escolhas?
Tempo perdido?
O que estou fazendo agora?
O tempo voa...

O caminho da imperfeição

Quer Voar.
A gravidade a remete para baixo.
A tentativa incansável de vôos altos desemboca na esfera da frustração.
Não consegue e aceita suas asas pequenas.
Sente-se sábia nesse ponto.
Se alegra pela simplicidade e perfeição de quem a criou e quis para si.
Não é porque não consegue dar altos vôos que não é amada, querida.
Pelo Contrário.
Almeja a santidade e por isso, não desiste.
Cai, mas levanta.
Há esperança.
Se vê pecadora, a menor, mas... “quem não tiver pecados, atire a primeira pedra”.
Deus confiou nela, acreditou.
Quem sou eu para não acreditar?
Ele se compraz de instrumentos fracos.

Silêncio

Elo entre a palavra dita e a escuta receptiva.

Liberdade do coração que não faz alarde.

Espera revelada na expressão do ato em si.

Estado latente de quem se cala, se guarda, mas se encontra.

Ausência de voz, de grito, mas não de sonho, de esperança.

Paz fecunda que sobrevive de experiências marcadas com o selo do Amor.

Força escondida no recôndito do ser, que hoje, por algum motivo não é perceptível.

Meu Jesus e eu

Meu Jesus e eu. Encontro pessoal, singular, verídico. Olhou-me e já se atirou em meu colo. Encostou sua cabeça em minha perna enquanto eu ia entrelaçando minhas mãos em seus cabelos cacheados e compridos. Virou-se de lado e grudou sua face na minha coxa. Fechou os olhos e descansou.
Meu Jesus e eu. Pai que sente saudades e pede amor mesmo sabendo da pequenez de sua amada. Registro da alma que a memória faz questão de não esquecer. Posse desejada, recíproca, benéfica. Sou uma centelha de seu amor e Ele é todo meu, somente meu, porque sua essência é inteireza.
Meu Jesus e eu. Intimidade para sempre desejada e almejada, onde quero ajustar cada vez mais meu coração com o Dele. Amor que me conquista a cada dia como se fosse o primeiro e se inclina para me alcançar.
Meu Jesus e eu. Amado e amante. Luz e reflexo. Humano e humanidade. Rei e Rainha. Amigo e amiga. Vela e barco. Tu e eu.
Sem mais palavras.